Mostrando postagens com marcador Aborto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aborto. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de março de 2011

Da Série "Boas Ideias": Esterilização de Drogados

Ano após ano a ideia (totalmente absurda) de que o aborto é um crime vem caindo por terra, mesmo com a ladainha do papa a respeito. Isso é muito bom, demonstra que as pessoas, ainda que de forma lenta, estão se livrando daqueles dogmas escrotos impostos pelo senso comum estabelecido e percebendo que ideias e conceitos que fujam dele podem ser muito mais interessantes e eficientes.

Você viu na postagem anterior como a liberação do aborto é capaz de reduzir a criminalidade. Quanto mais pessoas incapazes de criar filhos evitarem-nos abortando ou se esterilizando, menos criminosos infestariam nossas ruas, o que traria apenas benefícios (como se isto por si só já não fosse motivo suficiente) para quem de fato é importante: as pessoas que já nasceram e precisam de um mundo seguro.

Pois bem, existe uma ONG americana chamada Project Prevention que tem uma proposta muito interessante. Ela sugere que viciados em drogas e/ou álcool sejam esterilizados. A organização paga algo em torno de U$ 300,00 por pessoa em pílulas anticoncepcionais e tratamentos de esterilização. O alcool é uma substância abortiva por si só o problema é que, quando não o faz, o bebê nasce com seríssimos defeitos congênitos. Drogas então podem fazer coisa muito pior até o cigarro comum e lícito fode com a vida do feto... duvida? Dá uma olhadinha aí embaixo, MAS JÁ AVISO: não é bonito de se ver.

Crianças encontradas em casas com laboratórios de  metanfetamina.
Defeitos congênitos em recém-nascidos de mães drogadas.

É justo permitir que um bebê como este nasça? Ou que crianças vivam como as da outra foto? Gente como o pessoal do Project Prevention pensa, antes de qualquer coisa, nas crianças. É isso que a maioria do público não tem capacidade para perceber.


Reportagem da BBC: http://migre.me/40gla

É claro que as bichonas moralistas soltaram a franga e acusaram a ONG de práticas nazistas. A maioria das pessoas nem sabe o que é o nazismo tampouco o que ele prega, mas adoram chamar qualquer um de nazista, como se fosse forma trivial de xingamento. Mas por que não incluir, nessa leva de "esterilizáveis", estupradores e outros criminosos hediondos, que seriam automaticamente vasectomizados uma vez comprovados seus crimes.
É o que falei numa de minhas primeiras postagens, à respeito do real valor da vida humana e de sua desigualdade quando nos comparamos uns aos outros. Se algumas pessoas sequer merecem viver, que dirá então procriar e espalhar seu ADN lixo num mundo cada vez mais coalhado de gente ruim!

Dados mostram que, só na Grã-Bretanha que é a Grã-Bretanha! existem 350 mil crianças filhas de pais viciados em alguma porcaria e a maioria sofre as consequências dessa merda desse vício dos infernos.
Não quero nem imaginar qual seria esse numerário aqui no Brasil! Mas a adoção desse tipo de medida certamente ajudaria a reduzir aquelas 700 mil crianças que nascem sem pai todo ano por aqui.

Há ainda outro dado alarmante. Dá só uma olhadinha no mapa abaixo:

Menos de 10 para cada 100.000 nascimentos vivos.
De 10 a 199 para cada 100.000 nascimentos vivos.
De 200 a 499 para cada 100.000 nascimentos vivos.
De 500 a 999 para cada 100.000 nascimentos vivos.
Mais de 1.000 para cada 100.000  nascimentos vivos.
Fontes: WHO, UNICEF, UNFPA e Banco Mundial.


Ele mostra a mortalidade materna no mundo. Quase todas essas mortes poderiam ser evitadas se métodos contraceptivos e cirurgias de esterilização fossem mais popularizados e difundidos. Esta é uma tragédia para a qual ninguém dá muita importância.

Como disse anteriormente, para os religiosos, nascer é mais importante do que ter pai, mãe, um corpo saudável ou qualquer esperança de vida...



Saiba mais sobre o Project Prevention

sexta-feira, 4 de março de 2011

Aborto: Um Exemplo Positivo

Taxa de Criminalidade nos EUA
Taxa de Criminalidade no estado de Nova York
Fontes: U.S. Census Bureau, Statistical Abstract of the United States e Federal Bureau of Investigation.

Entre as décadas de 1960 e 1980, a  criminalidade, particularmente a incidência de crimes violentos, explodiu nos EUA a níveis horrorosos até que, no início dos anos 1990, caiu de repente e de forma abrupta.

Por quê? Educação? Conscientização? Leis mais duras? Tolerância zero? Quem sabe uma onda de bondade contagiou o povo então...? Enfim, todo mundo tentou achar alguma explicação, mas os dados não eram nada convincentes... até que Steven Levitt tornou público o óbvio:

A criminalidade caiu em consequência da liberação do aborto nos EUA, em 1973.

Levitt constatou que, com a regulamentação do aborto, o nascimento de criminosos reduziu-se consideravelmente nos EUA. Aqui no Brasil a revista Época publicou a respeito e disse tratar-se de uma teoria "polêmica", mas para mim e, tenho certeza, para vocês trata-se de uma comprovação tão lógica que polêmico mesmo só o fato de não conseguirem perceber o quão óbvia ela é:

01 - A criminalidade é comprovadamente maior onde há muitos nascimentos de mães solteiras e/ou adolescentes e/ou sem condições sócio-econômicas. Não se trata de dizer que pobre é bandido, vamos parar com esse coitadismo pernicioso! Só que este é sim um fato que não podemos ignorar: a criminalidade é SIM maior em áreas pobres.

02 - Mulheres com este perfil são exatamente as que fazem aborto nos países onde ele é legalizado. Portanto, evita-se o nascimento de crianças em famílias desestruturadas e incapazes de prover-lhe uma vida decente.

03 - Logo, quanto menos crianças em famílias assim, menor o número de potenciais criminosos.

O que se conclui disso tudo? Que poderíamos viver em cidades bem melhores e absurdamente mais seguras se a Igreja e os grupelhos anti-aborto se preocupassem mais com pessoas do que com mórulas... 

Para algumas pessoas, esta blástula merece mais atenção,
cuidado, carinho e respeito...

... do que esta criança.

Isso me faz lembrar que, se não me engano nessa mesma época em 2009, uma múmia lá do Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo da cidade, arrepiou os pelinhos anais quando a mãe de uma menininha de 09 anos que havia sido estuprada concordou, juntamente com o médico, em fazer o aborto, pois a criança simplesmente não aguentaria manter uma gravidez GEMELAR e iria morrer em virtude disto.
A bicha velha excomungou médico e mãe e não fez absolutamente nada, nem uma condenaçãozinha, contra o estuprador que era ninguém menos que o padrasto da criança. Segundo o "santo homem", aborto era muito pior que estupro. Veja aqui.

Mais absurdo e surreal que isso só saber que um montão de gente apoiou aquele imbecil...

Ele e os outros mudariam de opinião se fossem mulheres e levassem uma no rabo...


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os Benefícios e Malefícios do Aborto pelo Mundo

O texto vai ressaltar evidências de que os países que ACEITARAM o aborto  tiveram enormes benefícios, enquanto aqueles que o proíbem seguem em sua rotina de mazelas humanitárias.

O mapa abaixo mostra a tolerância ao aborto em todos os países do mundo. Para lê-lo, veja a legenda.


Aborto proibido totalmente ou permitido apenas em caso de estupro ou para salvar a vida da mulher (69 países - 25,9% da população)
Aborto permitido nos casos anteriores e também para preservar a saúde física da mulher (34 países - 9,4% da população)
Aborto permitido nos casos anteriores e também quando a gravidez provoca abalo emocional à mulher (23 países - 4,1% da população)
Aborto permitido nos casos anteriores e também quando a mulher alega falta de recursos financeiros (14 países - 21,3% da população)
Aborto totalmente permitido (56 países - 39,3% da população)

Fonte: CRR (Center for Reproductive Rights)

Montando rankings internacionais oficiais de diversos indicadores (humanitários, econômicos, sociais e etc) e atribuindo as cores respectivas aos nomes dos países, pode-se constatar algumas coisas bem interessantes...

As 10 maiores economias do mundo em 2010 (PIB em bilhões de dólares):

14.217         EUA
  5.220         China
  5.118         Japão
  3.415         Alemanha
  2.666         França
  2.089         Itália
  2.066         Reino Unido
  1.797         Brasil
  1.464         Espanha
  1.347         Canadá

As 10 maiores expectativas de vida do mundo em 2010 (por anos de vida):

  82,6           Japão
  82,2           Hong-Kong (China)
  81,8           Islândia
  81,7           Suíça
  81,2           Austrália
  80,9           Espanha
  80,9           Suécia
  80,7           Israel
  80,7           Macau (China)
  80,7           França

Os 10 maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo em 2009:

0,938           Noruega
0,937           Austrália
0,907           Nova Zelândia
0,902           EUA
0,895           Irlanda
0,891           Liechtenstein
0,890           Países Baixos
0,888           Canadá
0,885           Suécia
0,885           Alemanha

Os 10 melhores Índices de Qualidade de Vida em 2005:

8,333           Irlanda
8,068           Suíça
8,051           Noruega
8,015           Luxemburgo
7,937           Suécia
7,925           Austrália
7,911           Islândia
7,810           Itália
7,797           Dinamarca
7,727           Espanha

Os 10 países mais pacíficos em 2007:

1,357           Noruega
1,363           Nova Zelândia
1,377           Dinamarca
1,396           Irlanda
1,413           Japão
1,447           Finlândia
1,478           Suécia
1,481           Canadá
1,481           Portugal
1,483           Áustria

Reparou na predominância das cores verdes? Não é para menos que:

  • das 10 maiores economias da Terra, 08 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • das 10 maiores expectativas de vida, 08 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • dos 10 melhores Índices de Qualidade de Vida, 08 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • dos 10 maiores IDH’s, 09 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • dos 10 países mais pacíficos em 2007, 09 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?

Em contrapartida...

Os 10 países mais violentos em 2007:

3,437           Iraque
3,182           Sudão
3,033           Israel
2,903           Rússia
2,898           Nigéria
2,770           Colômbia
2,697           Paquistão
2,662           Líbano
2,638           Costa do Marfim
2,587           Angola

Os 10 países com pior esperança de vida em 2007:

  39,6          Suazilândia
  42,1          Moçambique
  42,4          Zâmbia
  42,6          Serra Leoa
  42,6          Lesoto
  42,7          Angola
  43,5          Zimbábue
  43,8          Afeganistão
  44,7          Rep. Centro-Africana
  45,6          Libéria

Os 10 piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo em 2009:

0,140          Zimbábue
0,239          Rep. Dem. Congo
0,261          Níger
0,282          Burundi
0,284          Moçambique
0,289          Guiné-Bissau
0,295          Chade
0,300          Libéria
0,305          Burkina-Faso
0,309          Mali

Os 10 piores Índices de Mortalidade Infantil do mundo em 2009 (mortes para cada 1000  nascimentos):

180,21        Angola
154,43        Serra Leoa
151,95        Afeganistão
138,24        Libéria
116,66        Níger
109,19        Somália
105,80        Moçambique
102,05        Mali
101,20        Zâmbia
  99,82        Guiné-Bissau

Quase tudo vermelhinho ou laranja. E sabe por quê?

  • Dos 10 países mais violentos em 2007, 07 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
  • Dos 10 países com pior esperança de vida em 2007, 06 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
  • Dos 10 piores IDH’s, 09 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
  • Dos 10 piores Índices de Mortalidade Infantil do mundo em 2009, 07 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
A grande maioria dos países que tiveram coragem (e inteligência) para superar essa barreira experimentaram excelente aumento de vários indicadores...

Deixando de preservar mórulas para dar o real valor que as PESSOAS DE VERDADE merecem, deram um salto em qualidade de vida monstruoso à seus cidadãos.

Antes de gritar feito uma velha doida que é contra o aborto só para se manter a par com o senso comum, pense nisso... ;)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Superpopulação: O Papel da Religião

"Crescei e Multiplicai" - este tem sido o principal problema: multiplicamo-nos como ratos!

Já falei até exaustivamente sobre como os progressos científicos da humanidade (como agricultura, tecnologia, vacinação e etc) ajudaram nossa espécie a tornar-se a dominante do planeta. Todos esses avanços contribuíram para a manutenção de nossa vida além da expectativa de vida que tínhamos outrora, o que fez com que aumentássemos enormemente nosso próprio contingente sobre a face da Terra.

O problema é que, com o aumento de gente, também aumentou o número de nascimentos ao ponto da coisa fugir do controle.

Tudo isso você já sabe, mas o que talvez ainda esteja envolto em névoa seja a gama de causas, além dos avanços já citados, que contribuíram para essa atual massa de 250 milhões de toneladas de gente enchendo o saco do planeta.

PS: não pense que isso é muito não... a massa total de krill, um camarãozinho minúsculo que serve de comida para baleias, é de 0,5 bilhão de toneladas, e arrisco-me a dizer que fungos e bactérias possam ser ainda mais pesados.

Pois bem. Qualquer plano de controle populacional passa, necessariamente, por duas ações principais: massificação das cirurgias contraceptivas e legalização do aborto.

Como disse na postagem abaixo, ao menos aqui no Brasil o tema aborto é tratado como obra do diabo! Seja em que circunstâncias forem, a criança TEM QUE nascer! Mesmo que a mãe corra alto risco de vida, a criança tem que nascer, mesmo que seja órfã depois.

Por mais que insistam que este pensamento vai de encontro à ética, à moral e toda essa ladainha chata de gente falso-moralista, a verdade é que esta visão de mundo é, antes de mais nada, religiosa.

E a ojeriza ao aborto tem exatamente essa origem: a religião. E, claro, à decorrente ignorância advinda da mesma.

A princípio, todas as religiões são contra o aborto. O problema é que algo como nada menos que 80% da população mundial acredita em algum deus e, desta forma, segue alguma doutrina religiosa. E se todas são contra o aborto, estamos bem encrencados...

Contudo, umas são mais do contra que outras.

Ocorre que a explosão demográfica está tão fora de controle que alguns líderes religiosos já tomaram vergonha na cara e começaram a flexibilizar suas opiniões cambrianas à respeito. Deixaram de ser “contra o aborto” para se tornarem “desfavoráveis ao aborto”... dá-se a isso o nome de eufemismo.

A mais veemente na posição condenatória é justamente a mais poderosa e influente de todas: a Igreja Católica Apostólica Romana – ICAR. Para esses seres que pararam de evoluir lá pelo Século XIV ou XV, o aborto é inadmissível sob qualquer aspecto, mesmo que seja produto de estupro, que traga a certeza de morte para a mãe e/ou que o bebê nasça com alguma deformidade gravíssima que o mate pouco depois do parto. Para eles, a criança pode nascer sem pai, sem mãe e sem qualquer perspectiva de vida. O que importa é nascer. Viver é irrelevante.
Inclusive para quem fizer o aborto a pena é a excomunhão, que nada mais do que a perda dos sacramentos e da comunicação com a ICAR. Para os católicos, isto é pior que a morte. Vai entender...

Acredite: isto é apenas um amontoado de células, não uma pessoa.

Eu pessoalmente não consigo entender o valor que os religiosos e os ditos "éticos" dão a algumas células em detrimento de outras... se realmente uma célula é algo assim tão valioso, que nunca mais escovemos os dentes ou mesmo cocemos um prurido, pois eliminamos milhões de células nessa brincadeirinha...

E rapazes, nunca jamais e em tempo algum soquem umazinha, pois numa única ejaculada algo em torno de 400 milhões de espermatozóides são liberados... E MORREM! Vocês deveriam ser excomungados!

A ICAR ainda condena o uso de preservativos, pois são "contra a vida" e tudo que for dessa natureza vai contra deus. Defende ainda que a melhor maneira de não procriar e/ou não contrair doenças sexualmente transmissíveis é, simplesmente, parar de fazer sexo.

Amor, vamos transar? Espere, primeiro tenho que ver o que a Biblia diz à respeito...

Outras igrejas cristãs, como as Protestantes, são mais flexíveis. Defendem um estudo para definir-se a partir de que ponto um feto é considerado gente: até então não seria necessariamente um aborto. Mas a grande diferença está na preocupação com a vida da mãe: se esta estiver em perigo, tem prioridade sobre a do bebê. Deixam inclusive para o médico a autoridade para decidir por um ou por outro, mas consideram (muito acertadamente, diga-se) que a mãe é mais importante.

Os muçulmanos são “desfavoráveis” (uma maneira mais suave de afirmar que são contra) o aborto, mas recentemente muitas autoridades islâmicas têm flexibilizado a questão. Para eles, a resposta está no próprio Corão, num verso que diz, resumidamente, que “só depois de talhados os ossos e estes estarem encobertos com carne aí sim se produz uma criatura de deus”. Ou seja, antes de ter aparência ou estrutura de um ser humano, um feto não é, necessariamente, uma pessoa.

No budismo, como no hinduísmo, o sêmen é o real transmissor da vida. Assim, é o homem o portador da vida, cabendo à mulher o papel de mera portadora de um aparelho concebido para proteger o feto. É também direito único do homem decidir se a gestão é interrompida ou não. Entre gueixas (leia-se putas) o aborto é absolutamente normal, já entre “mulheres sérias” o aborto só é feito perante autorização expressa do marido. São visões machistas, sim, mas que podem contribuir para a baixa natalidade nos países em que são dominantes, notadamente o Japão. "Ah mas o hinduísmo é predominante na Índia e a população lá não para de crescer" você diria. É verdade, mas não esqueça de que na Índia quase 40% da população sequer é alfabetizada, ao passo que no Japão essa taxa é de.menos de 1%.

No judaísmo, a vida da mãe é mais sagrada do que a do feto, conforme a Mischna. E vão ainda além: o feto só é considerado gente quando nasce. Uma resposta muito inteligente partiu do rabino de Nova York David Feldman, que em 1969 afirmou queo aborto interrompe indubitavelmente uma vida possível, mas se uma mulher decide, após a concepção, interromper a gravidez, não estaria muito distante daquela que deixa de ter relações com seu marido para não conceber. Se no segundo caso não há homicídio, também não há no primeiro”.

No espiritismo, a vida do ser que existe é considerada prioritária à daquele que ainda não existe. Segundo a doutrina, a “alma” sempre existiu, desligando-se pela morte e reencarnando em outro corpo. Para eles não há, no caso de um aborto, a “morte” de um ser, mas a frustração de um espírito que tem seu futuro corpo eliminado. Se as razões para este aborto forem injustificáveis, os causadores terão naquele espírito um inimigo perigoso, causador de males futuros... aHUahuaHUaHUAhuAHUaa !!!



Podemos então começar a pensar: embriocídio e feticídio (acabei de cunhar os termos) deveriam ser considerados homicídio pela forma da lei? Matar uma pessoa que legalmente não existe ainda seria assassinato? Quando uma blástula, uma gástrula, ou mesmo um mísero óvulo passa a ser considerado gente? Deveríamos condenar todas as mulheres por menstruar e, dessa forma, eliminar um óvulo potencialmente fértil? Ou todos os homens que se masturbam ou têm ejaculação noturna involuntária? Por mais absurdo que pareça, há religiões que condenam os “que jogam fora a semente”...
E não pense você que é alguma religião extinta ou pouco conhecida não. É a religião Católica Apostólica Romana. Segundo Gênesis 38:9-10, Onã foi MORTO pelo próprio Deus por evitar ter filhos com sua esposa Tamar, viúva de seu irmão Er, utilizando-se do chamado coito interrompido, o popular “nas coxas”. Numa época sem camisinha ou pílula, era a melhor maneira de evitar-se filhos.

A Morte de Onã, de Franc Lanjšček. Deus o matou apenas por bater uma punheta..

Se o Todo-Poderoso-Misericordioso-Bondoso-Justo fosse fazer isso com todo homem do planeta que terminasse uma relação sexual socando umazinha, sobraria algum sequer no mundo?