segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os Benefícios e Malefícios do Aborto pelo Mundo

O texto vai ressaltar evidências de que os países que ACEITARAM o aborto  tiveram enormes benefícios, enquanto aqueles que o proíbem seguem em sua rotina de mazelas humanitárias.

O mapa abaixo mostra a tolerância ao aborto em todos os países do mundo. Para lê-lo, veja a legenda.


Aborto proibido totalmente ou permitido apenas em caso de estupro ou para salvar a vida da mulher (69 países - 25,9% da população)
Aborto permitido nos casos anteriores e também para preservar a saúde física da mulher (34 países - 9,4% da população)
Aborto permitido nos casos anteriores e também quando a gravidez provoca abalo emocional à mulher (23 países - 4,1% da população)
Aborto permitido nos casos anteriores e também quando a mulher alega falta de recursos financeiros (14 países - 21,3% da população)
Aborto totalmente permitido (56 países - 39,3% da população)

Fonte: CRR (Center for Reproductive Rights)

Montando rankings internacionais oficiais de diversos indicadores (humanitários, econômicos, sociais e etc) e atribuindo as cores respectivas aos nomes dos países, pode-se constatar algumas coisas bem interessantes...

As 10 maiores economias do mundo em 2010 (PIB em bilhões de dólares):

14.217         EUA
  5.220         China
  5.118         Japão
  3.415         Alemanha
  2.666         França
  2.089         Itália
  2.066         Reino Unido
  1.797         Brasil
  1.464         Espanha
  1.347         Canadá

As 10 maiores expectativas de vida do mundo em 2010 (por anos de vida):

  82,6           Japão
  82,2           Hong-Kong (China)
  81,8           Islândia
  81,7           Suíça
  81,2           Austrália
  80,9           Espanha
  80,9           Suécia
  80,7           Israel
  80,7           Macau (China)
  80,7           França

Os 10 maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo em 2009:

0,938           Noruega
0,937           Austrália
0,907           Nova Zelândia
0,902           EUA
0,895           Irlanda
0,891           Liechtenstein
0,890           Países Baixos
0,888           Canadá
0,885           Suécia
0,885           Alemanha

Os 10 melhores Índices de Qualidade de Vida em 2005:

8,333           Irlanda
8,068           Suíça
8,051           Noruega
8,015           Luxemburgo
7,937           Suécia
7,925           Austrália
7,911           Islândia
7,810           Itália
7,797           Dinamarca
7,727           Espanha

Os 10 países mais pacíficos em 2007:

1,357           Noruega
1,363           Nova Zelândia
1,377           Dinamarca
1,396           Irlanda
1,413           Japão
1,447           Finlândia
1,478           Suécia
1,481           Canadá
1,481           Portugal
1,483           Áustria

Reparou na predominância das cores verdes? Não é para menos que:

  • das 10 maiores economias da Terra, 08 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • das 10 maiores expectativas de vida, 08 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • dos 10 melhores Índices de Qualidade de Vida, 08 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • dos 10 maiores IDH’s, 09 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?
  • dos 10 países mais pacíficos em 2007, 09 permitem o aborto com pouca ou nenhuma restrição... coincidência?

Em contrapartida...

Os 10 países mais violentos em 2007:

3,437           Iraque
3,182           Sudão
3,033           Israel
2,903           Rússia
2,898           Nigéria
2,770           Colômbia
2,697           Paquistão
2,662           Líbano
2,638           Costa do Marfim
2,587           Angola

Os 10 países com pior esperança de vida em 2007:

  39,6          Suazilândia
  42,1          Moçambique
  42,4          Zâmbia
  42,6          Serra Leoa
  42,6          Lesoto
  42,7          Angola
  43,5          Zimbábue
  43,8          Afeganistão
  44,7          Rep. Centro-Africana
  45,6          Libéria

Os 10 piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo em 2009:

0,140          Zimbábue
0,239          Rep. Dem. Congo
0,261          Níger
0,282          Burundi
0,284          Moçambique
0,289          Guiné-Bissau
0,295          Chade
0,300          Libéria
0,305          Burkina-Faso
0,309          Mali

Os 10 piores Índices de Mortalidade Infantil do mundo em 2009 (mortes para cada 1000  nascimentos):

180,21        Angola
154,43        Serra Leoa
151,95        Afeganistão
138,24        Libéria
116,66        Níger
109,19        Somália
105,80        Moçambique
102,05        Mali
101,20        Zâmbia
  99,82        Guiné-Bissau

Quase tudo vermelhinho ou laranja. E sabe por quê?

  • Dos 10 países mais violentos em 2007, 07 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
  • Dos 10 países com pior esperança de vida em 2007, 06 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
  • Dos 10 piores IDH’s, 09 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
  • Dos 10 piores Índices de Mortalidade Infantil do mundo em 2009, 07 proíbem quase ou totalmente o aborto... coincidência?
A grande maioria dos países que tiveram coragem (e inteligência) para superar essa barreira experimentaram excelente aumento de vários indicadores...

Deixando de preservar mórulas para dar o real valor que as PESSOAS DE VERDADE merecem, deram um salto em qualidade de vida monstruoso à seus cidadãos.

Antes de gritar feito uma velha doida que é contra o aborto só para se manter a par com o senso comum, pense nisso... ;)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Superpopulação: O Papel da Religião

"Crescei e Multiplicai" - este tem sido o principal problema: multiplicamo-nos como ratos!

Já falei até exaustivamente sobre como os progressos científicos da humanidade (como agricultura, tecnologia, vacinação e etc) ajudaram nossa espécie a tornar-se a dominante do planeta. Todos esses avanços contribuíram para a manutenção de nossa vida além da expectativa de vida que tínhamos outrora, o que fez com que aumentássemos enormemente nosso próprio contingente sobre a face da Terra.

O problema é que, com o aumento de gente, também aumentou o número de nascimentos ao ponto da coisa fugir do controle.

Tudo isso você já sabe, mas o que talvez ainda esteja envolto em névoa seja a gama de causas, além dos avanços já citados, que contribuíram para essa atual massa de 250 milhões de toneladas de gente enchendo o saco do planeta.

PS: não pense que isso é muito não... a massa total de krill, um camarãozinho minúsculo que serve de comida para baleias, é de 0,5 bilhão de toneladas, e arrisco-me a dizer que fungos e bactérias possam ser ainda mais pesados.

Pois bem. Qualquer plano de controle populacional passa, necessariamente, por duas ações principais: massificação das cirurgias contraceptivas e legalização do aborto.

Como disse na postagem abaixo, ao menos aqui no Brasil o tema aborto é tratado como obra do diabo! Seja em que circunstâncias forem, a criança TEM QUE nascer! Mesmo que a mãe corra alto risco de vida, a criança tem que nascer, mesmo que seja órfã depois.

Por mais que insistam que este pensamento vai de encontro à ética, à moral e toda essa ladainha chata de gente falso-moralista, a verdade é que esta visão de mundo é, antes de mais nada, religiosa.

E a ojeriza ao aborto tem exatamente essa origem: a religião. E, claro, à decorrente ignorância advinda da mesma.

A princípio, todas as religiões são contra o aborto. O problema é que algo como nada menos que 80% da população mundial acredita em algum deus e, desta forma, segue alguma doutrina religiosa. E se todas são contra o aborto, estamos bem encrencados...

Contudo, umas são mais do contra que outras.

Ocorre que a explosão demográfica está tão fora de controle que alguns líderes religiosos já tomaram vergonha na cara e começaram a flexibilizar suas opiniões cambrianas à respeito. Deixaram de ser “contra o aborto” para se tornarem “desfavoráveis ao aborto”... dá-se a isso o nome de eufemismo.

A mais veemente na posição condenatória é justamente a mais poderosa e influente de todas: a Igreja Católica Apostólica Romana – ICAR. Para esses seres que pararam de evoluir lá pelo Século XIV ou XV, o aborto é inadmissível sob qualquer aspecto, mesmo que seja produto de estupro, que traga a certeza de morte para a mãe e/ou que o bebê nasça com alguma deformidade gravíssima que o mate pouco depois do parto. Para eles, a criança pode nascer sem pai, sem mãe e sem qualquer perspectiva de vida. O que importa é nascer. Viver é irrelevante.
Inclusive para quem fizer o aborto a pena é a excomunhão, que nada mais do que a perda dos sacramentos e da comunicação com a ICAR. Para os católicos, isto é pior que a morte. Vai entender...

Acredite: isto é apenas um amontoado de células, não uma pessoa.

Eu pessoalmente não consigo entender o valor que os religiosos e os ditos "éticos" dão a algumas células em detrimento de outras... se realmente uma célula é algo assim tão valioso, que nunca mais escovemos os dentes ou mesmo cocemos um prurido, pois eliminamos milhões de células nessa brincadeirinha...

E rapazes, nunca jamais e em tempo algum soquem umazinha, pois numa única ejaculada algo em torno de 400 milhões de espermatozóides são liberados... E MORREM! Vocês deveriam ser excomungados!

A ICAR ainda condena o uso de preservativos, pois são "contra a vida" e tudo que for dessa natureza vai contra deus. Defende ainda que a melhor maneira de não procriar e/ou não contrair doenças sexualmente transmissíveis é, simplesmente, parar de fazer sexo.

Amor, vamos transar? Espere, primeiro tenho que ver o que a Biblia diz à respeito...

Outras igrejas cristãs, como as Protestantes, são mais flexíveis. Defendem um estudo para definir-se a partir de que ponto um feto é considerado gente: até então não seria necessariamente um aborto. Mas a grande diferença está na preocupação com a vida da mãe: se esta estiver em perigo, tem prioridade sobre a do bebê. Deixam inclusive para o médico a autoridade para decidir por um ou por outro, mas consideram (muito acertadamente, diga-se) que a mãe é mais importante.

Os muçulmanos são “desfavoráveis” (uma maneira mais suave de afirmar que são contra) o aborto, mas recentemente muitas autoridades islâmicas têm flexibilizado a questão. Para eles, a resposta está no próprio Corão, num verso que diz, resumidamente, que “só depois de talhados os ossos e estes estarem encobertos com carne aí sim se produz uma criatura de deus”. Ou seja, antes de ter aparência ou estrutura de um ser humano, um feto não é, necessariamente, uma pessoa.

No budismo, como no hinduísmo, o sêmen é o real transmissor da vida. Assim, é o homem o portador da vida, cabendo à mulher o papel de mera portadora de um aparelho concebido para proteger o feto. É também direito único do homem decidir se a gestão é interrompida ou não. Entre gueixas (leia-se putas) o aborto é absolutamente normal, já entre “mulheres sérias” o aborto só é feito perante autorização expressa do marido. São visões machistas, sim, mas que podem contribuir para a baixa natalidade nos países em que são dominantes, notadamente o Japão. "Ah mas o hinduísmo é predominante na Índia e a população lá não para de crescer" você diria. É verdade, mas não esqueça de que na Índia quase 40% da população sequer é alfabetizada, ao passo que no Japão essa taxa é de.menos de 1%.

No judaísmo, a vida da mãe é mais sagrada do que a do feto, conforme a Mischna. E vão ainda além: o feto só é considerado gente quando nasce. Uma resposta muito inteligente partiu do rabino de Nova York David Feldman, que em 1969 afirmou queo aborto interrompe indubitavelmente uma vida possível, mas se uma mulher decide, após a concepção, interromper a gravidez, não estaria muito distante daquela que deixa de ter relações com seu marido para não conceber. Se no segundo caso não há homicídio, também não há no primeiro”.

No espiritismo, a vida do ser que existe é considerada prioritária à daquele que ainda não existe. Segundo a doutrina, a “alma” sempre existiu, desligando-se pela morte e reencarnando em outro corpo. Para eles não há, no caso de um aborto, a “morte” de um ser, mas a frustração de um espírito que tem seu futuro corpo eliminado. Se as razões para este aborto forem injustificáveis, os causadores terão naquele espírito um inimigo perigoso, causador de males futuros... aHUahuaHUaHUAhuAHUaa !!!



Podemos então começar a pensar: embriocídio e feticídio (acabei de cunhar os termos) deveriam ser considerados homicídio pela forma da lei? Matar uma pessoa que legalmente não existe ainda seria assassinato? Quando uma blástula, uma gástrula, ou mesmo um mísero óvulo passa a ser considerado gente? Deveríamos condenar todas as mulheres por menstruar e, dessa forma, eliminar um óvulo potencialmente fértil? Ou todos os homens que se masturbam ou têm ejaculação noturna involuntária? Por mais absurdo que pareça, há religiões que condenam os “que jogam fora a semente”...
E não pense você que é alguma religião extinta ou pouco conhecida não. É a religião Católica Apostólica Romana. Segundo Gênesis 38:9-10, Onã foi MORTO pelo próprio Deus por evitar ter filhos com sua esposa Tamar, viúva de seu irmão Er, utilizando-se do chamado coito interrompido, o popular “nas coxas”. Numa época sem camisinha ou pílula, era a melhor maneira de evitar-se filhos.

A Morte de Onã, de Franc Lanjšček. Deus o matou apenas por bater uma punheta..

Se o Todo-Poderoso-Misericordioso-Bondoso-Justo fosse fazer isso com todo homem do planeta que terminasse uma relação sexual socando umazinha, sobraria algum sequer no mundo?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Superpopulação: A Solução


Na postagem anterior discuti como o descontrole reprodutivo da espécie humana afeta, tanto as demais formas de vida da Terra, quanto (e principalmente) a nós mesmos.

Agora gostaria de sugerir possíveis soluções, e começo por lhes apresentar o VHEMT Movimento pela Extinção Humana Voluntária (na sigla do original em inglês). Acesse o link da versão portuguesa clicando na figura abaixo.

"Para que possamos viver muito... e desaparecer"

O VHEMT é, de longe, a solução mais eficaz, barata e definitiva: pare de ter filhos. Apenas isso. Não são necessárias medidas de contenção, ou educação sexual, ou guerras pra matar todo mundo... nada nada nada. Apenas parar de parir. É certo que em 100 anos ainda existiriam seres humanos vagando pelo mundo, mas seguramente seríamos menos de 400 milhões de pessoas, uns 6% do nosso atual numerário.

É claro que as chances da proposta se tornar um sucesso são pífias, praticamente nulas mas, ainda assim, maiores que zero. Seja por um consenso global de que deveríamos parar de ter filhos, ou mesmo um vírus ou qualquer coisa do gênero que inutilizasse o aparato reprodutor humano, suponhamos então que de fato acontecesse. O fundador do movimento, Les Knight, explica de forma bastante convincente o que aconteceria – e só seriam coisas boas:

Para aqueles que arrepiam os cabelos só de ouvir a palavra aborto, uma boa notícia: eles não aconteceriam mais, simplesmente porque nenhuma mulher mais engravidaria. Isto pareceria trágico para aqueles casais que passam anos tentando conceber mas, como alento, todas as crianças remanescentes se tornariam muito mais valiosas, ao invés de mais disponíveis, e nenhuma delas deixaria de ser adotada. Seria o fim dos orfanatos.
Em 21 anos não haveria mais delinquência juvenil e, a esta altura, com a resignação coletiva aumentando, o despertar da espiritualidade substituiria o pânico generalizado, em razão da crescente percepção de que cada vida humana agora seria absurdamente preciosa para se perder por motivos estúpidos. Com cada vez menos bocas a alimentar, a disponibilidade de recursos aumentaria ano após ano, inclusive a oferta de água. Os mares se repovoariam. Sem a necessidade de tantas construções, cidades inteiras iniciariam o processo de capitulação perante a natureza, que recuperaria seu terreno original. Sem a necessidade desesperada por recursos, não desperdiçaríamos mais vidas em combates imbecis por petróleo, por exemplo.

Agora, tente pensar nisto tudo acontecendo sem um controle populacional. Mesmo a China, com suas políticas restritivas fortíssimas, ainda acrescenta 10 milhões de pessoas por ano ao mundo. Guerras, fome e doenças nunca tiraram tantas vidas como agora – por causa exatamente da fartura de vidas a serem ceifadas – mas ainda assim não podem ganhar do nosso crescimento desenfreado.

E não pense você que o VHEMT é um evento isolado, fruto da imaginação de quem não tem idéias melhores. O NoKidding e o TheChildFreeLife são outros bons exemplos. São sites que propõem um novo modo de vida, no qual é perfeitamente possível ser plenamente feliz e realizado na vida sem que filhos sejam necessários para isso. A antiga e já antiquada imposição da sociedade de que toda mulher TEM que ter filhos está, ainda que de forma bastante tímida, caindo por terra. Países como Japão e Rússia já desenvolvem políticas pró-natalidade, para que seus casais tenham filhos o quanto antes. Em  alguns países já inventaram até o Dia do Sexo, “feriado” cuja “função” é manter os casais dentro de casa, para que mantenham mais relações sexuais e, assim, gerem mais crianças.  A preocupação tem fundamento: sem criança para crescer e se tornar um adulto trabalhador e contribuinte da Previdência Social, a mesma fica sem recursos para pagar a aposentadoria da velharada – que por sinal, está vivendo cada vez mais! E consumindo cada vez mais recursos.
Não estou sugerindo aqui que se deixe de amparar a velharada – até porque acredito que um dia ainda farei parte dela – mas criamos e nos enfiamos num esquema vicioso, do qual simplesmente não podemos mais sair. Sem entupir o mundo de gente, nossa sociedade não progride. Mas, entupindo-o... ela simplesmente não sobrevive! Esta é uma questão para a qual eu admito não ter resposta e/ou solução: o que fazer com as aposentadorias? Ninguém gosta de perder direitos e qualquer governante que ouse debater a questão seria escorraçado. Só que a verdade é uma só: o mundo não comporta mais gente. Que os políticos e legisladores pensem numa solução neste sentido.

Esses mesmos políticos contudo, já poderiam ter se esmiuçado sobre questões mais fáceis relativas ao tema. Contudo, ainda enfrentariam oposição ferrenha. Como não sou político, posso arriscar algumas propostas que, acredito, surtiriam efeito a médio, talvez até curto, prazo:

01 - Facilidade de acesso às cirurgias de laqueadura e vasectomia;
02 - Redução de impostos a quem se submeter à essas cirurgias;
03 - Redução da pena de presos(as) que se submeterem às cirurgias;

04 - Esterilização automática de estupradores, drogados e afins;
05 - Facilidade ao direito ao aborto.

Esta última deixaria os religiosos com as pontas dos pentelhos em pé! Especialmente aqui no Brasil, um país inculto e nada laico.


Além de movimentos organizados como o VHEMT e o NoKidding, há também um crescente número de pessoas que, isoladamente, atestam para a infeliz realidade que criamos e na qual nos inserimos. Como exemplo – tanto de uma pessoa assim quanto da dificuldade em se aceitar o fato – posso citar o Dr. Eric Pianka, um renomado cientista que, numa conferência em 2006 na Academia de Ciências do Texas, propôs o extermínio (sim, ele usou esta palavra) de nada menos que 90% da população humana mundial através de uma catástrofe biológica (algo como um vírus ou similar). Extremista? A situação a que estamos levando este planeta é bem mais extrema que isso. O homem comprovadamente não tem capacidade logística de lidar com problemas tão grandes quanto o descontrole populacional e seu consequente desespero por recursos naturais. Detalhe: ele foi ovacionado por uma plateia maravilhada após sua apresentação...
Imagino eu que a coisa que o pobre Dr. Pianka mais deve ouvir é: "comece dando o exemplo, se mate". Eu particularmente concordo que não seria um modo feliz de se resolver o problema da superpopulação – mas ao mesmo tempo concordo que seria bastante eficiente.


Professores Eric Pianka e Frank Fenner


Outro cientista, o professor Frank Fenner, da Universidade Nacional da Austrália, afirma de forma categórica que, se não pararmos de ter filhos AGORA, poderemos ver o crepúsculo da humanidade em 100 anos. Nossa espécie não será capaz de sobreviver à explosão populacional e ao consumo incontrolável.

"Um monte de outros animais vão junto conosco", disse ele a um jornal local. "É uma situação irreversível e acredito que já é tarde demais. Desde que o ser humano entrou um período científico não-oficial conhecido como o Antropoceno – o tempo decorrido desde a industrialização – temos um efeito destruidor sobre o planeta que rivaliza com qualquer era glacial ou impacto cósmico".

Por mais catastrofistas que sejam suas opiniões, um homem responsável pela erradicação da varíola no mundo deve saber pelo menos um pouquinho do que está falando...

E não são casos isolados, os de Pianka e Fenner. A seguir mais algumas opiniões – nenhuma muito otimista – à respeito:

Simon Ross, vice-presidente da Optimum Population Trust: a humanidade está enfrentando desafios reais, incluindo as alterações climáticas, a perda da biodiversidade e crescimento sem precedentes da população.
Nicholas Boyle, professor da Universidade de Cambridge: um limite decisivo acontecerá em 2014 e vai determinar se o século 21 será pobre e violento ou próspero e pacífico.
James Lovelock, autor da Teoria de Gaia: a população mundial se reduzirá para menos de 500 milhões no decorrer do próximo século devido ao aquecimento global, e os sobreviventes terão de viver no ártico, onde a temperatura ainda manterá o lugar habitável.
Stephen Boyden, outro professor australiano: alguns de nós ainda alimentam a esperança de que virá uma consciência sobre a situação e, como resultado, as mudanças revolucionárias necessárias para alcançar a sustentabilidade ecológica.

E para quem achava que o NoKidding e o ChildFreeLife eram sites isolados, aqui vai uma avalanche de propostas similares:


São todos sites em inglês, britânicos ou americanos, o que mostra a irrelevância com que a questão é tratada no Brasil. Quem sabe você não possa ser o pioneiro em criar algo similar por aqui? ;)

Existem também: Organização Britânica de Casais sem Filhos; Associação para Contracepção Cirúrgica Voluntária e Associação de Valorização de Homens Vasectomizados, mas não consegui encontrar seus sites.

Por último, quero lhes deixar para refletir o seguinte: se a humanidade sumisse AGORA da face da Terra, mais de 99,99% de todas as outras espécies sequer perceberiam. Em contrapartida, se as bactérias desaparecessem, a espécie humana se extinguiria totalmente... em horas. E isso excluindo-se as bactérias que formam nosso próprio corpo! Caso elas entrassem na soma, sumiríamos no mesmo instante.

Acesse também estes links. Não quero que vocês leiam este blog e se resumam apenas a ele. LEIAM MAIS PARA SABER MAIS.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Superpopulação: As Consequências


Primeiramente queiram me desculpar pelo demora de novas publicações... mas não fiquei parado todo esse tempo, inclusive neste blog. Ainda este mês lhes entrego mais duas postagens que estão a ponto de sair do forno.


Esta talvez seja a pior verdade inconveniente das que me comprometo a escrever a respeito aqui. Uma ameaça que, embora já tenhamos nos certificado de que existe e é potencialmente devastadora, temos dificuldade em aceitar:

A espécie humana... é uma merda.


É perfeitamente possível entender a dificuldade em assumir o fato de que todos pertencemos à ÚNICA espécie totalmente inútil e sem função ecológica no planeta, mas nos esquecemos – convenientemente – de que fomos nós mesmos que optamos por trilhar este caminho. 


E por que isso acontece? Por que, em nossa pretensa racionalidade, fugimos dos processos naturais que moldam todos os seres vivos. Não vivemos mais como seres naturais, construímos ambientes totalmente artificiais à nossa volta e abandonamos o nomadismo, que permitia que o ambiente se recuperasse após nossa partida. O Homo sapiens se transformou, numa denominação livre, no Homo sedentarius, cuja principal característica não é mais migrar atrás de alimento, mas fazer o alimento migrar até ele. Mas principalmente, o grande fator é o descontrole reprodutivo de nossa própria espécie: Chegamos ao nosso primeiro bilhão em 1804; dobramos de tamanho pouco mais de 120 anos depois, em 1927 e não demoramos nem 70 anos para nos triplicarmos até os atuais 6 bilhões de seres humanos, em 1999. E agora, em 2011, chegaremos aos 7 bilhões de pessoas. Por mais que façamos uso sustentável do solo, da água e de demais recursos, simplesmente não dá pra prover qualidade de vida para tanta gente assim.

Este mapa-mundi se baseia na população humana de cada país ao invés de sua massa de terra. Índia
e China ocupam quase a metade do mundo. Em contrapartida, outros países colossais como Rússia, Canadá e Austrália simplesmente sumiram.

Aqui no Brasil nascem 3 milhões de crianças por ano – das quais 700 mil não registram o pai. São, literalmente, “filhos da mãe”. O impacto da falta de um pai reflete diretamente em outro dado: nada menos que 80% dos jovens infratores deste país não tem o registro do pai na certidão de nascimento, de acordo com pesquisa da cineasta Susanna Lira. Aliás, criminalidade e falta de planejamento familiar não apenas andam de mãos dadas como estão bem agarradinhas, quase fazendo sexo. Mas isto é assunto para uma próxima postagem, podem me cobrar.




Mas vamos em frente. Em virtude do tamanho de nossa população, deixamos de ter qualquer função biológica e nos transformamos num causador infinito de problemas gigantes para todas as outras formas de vida.

Explico: pela primeira vez na história da vida na Terra, é uma espécie, e não um evento geológico/climático/cósmico, que está provocando um evento de extinção em massa – o 6º, para ser mais específico, e conhecido como a extinção do Holoceno (período em que o homem se tornou dominante). Embora esteja ocorrendo a relativamente pouco tempo (aproximadamente 10 mil anos, desde que passamos a nos organizar em comunidades), ela é muito mais acelerada do que todas as anteriores. Enquanto aquelas iniciavam-se de forma suave e duravam alguns milhões de anos (dando tempo às espécies mais capazes de se adaptar e evoluir, garantindo a evolução da vida no planeta), a atual corre num ritmo alucinante (100 vezes mais rápida do que no período anterior ao seu início) num período extremamente curto de tempo. A lista de animais comprovadamente extintos pela ação humana, seja direta ou indireta, já está ficando maior e mais desconhecida do que somos capazes de catalogar (e lamentar). Vamos a alguns números:

Hoje é 4ª feira, dia 23 de fevereiro de 2011, e estou escrevendo isso às 11:15h. Só hoje o mundo já ficou pobre em 35 espécies de seres vivos; o acumulado da semana é de espantosas 265 formas de vida extintas; só neste mês, aniquilamos inacreditáveis 1664 espécies! E apenas neste ano, que nem fechou 1 trimestre ainda, já sumimos com 3.956 espécies...


Se você não se importa com nada disso e é daqueles que pensam “fodam-se os bichos e a natureza”, permita-me, muito educadamente, mandá-lo para a puta que o pariu por sua ignorância! Depois deixe-me apresentar-lhe outros números que mexem mais diretamente com sua bunda instalada num altar de ouro:

  • 43 pessoas já nasceram e 19 morreram no mundo todo, aumentando a população do planeta em 24 indivíduos. Só Índia e China juntas foram responsáveis por  14 nascimentos (04 na China e DEZ na Índia). NOTA: das 19 mortes da estatística acima, 05 ocorreram por doenças cardiovasculares, 02 por câncer, 01 por AIDS, 01 por diarreia, 01 por complicações respiratórias (olha o cigarro aí geeeente), 01 por problemas no aparelho digestivo, 01 por infecções respiratórias e 01 no parto. Imaginou que nossos maiores assassinos seriam guerras, violência, fome e trânsito, certo? Ah, esqueci de dizer que neste mesmo tempo já ocorreram 13 abortos.
  • Apenas 01 pessoa contraiu AIDS no mundo todo, mas outras 03 o fizeram com sífilis, 12 com gonorréia e nada menos que 77 se infectaram com malária!
  • 04 hectares de florestas foram destruídos, 02 se desertificaram e apenas 02 foram replantados.
  • Foram extraídos 890.440m³ de gás natural e 10.130 barris de óleo cru e, com estes, 9.445 de petróleo refinado, 147 barris de etanol e outros 2487 de gasolina, além de 573 de querosene de avião foram produzidos.
  • 9.516 toneladas de CO2 foram despejadas na atmosfera.
  • Com relação à energia, em KW/h, 919.342 acabaram de ser produzidos via hidrelétricas, 832.480 por usinas nucleares, apenas 117.295 por fontes renováveis e lamentáveis 3.631.400 por termelétricas (e dá-lhe carvão).
  • 13 carros e 34 bicicletas foram fabricadas;
  • Incríveis 1.677.631 spams foram enviados. O número ultrapassa facilmente a casa do TRILHÃO em uns 03 meses;
  • 16.271 frangos, 832 patos, 363 coelhos, 200 perus, 197 gansos, 125 cabras, 92 bois, 8 búfalos e 2 cavalos foram abatidos para consumo humano.

E sabe em quanto tempo isso tudo aconteceu? Você pode até duvidar e não acreditar, mas apenas e tão somente no tempo em que você vai ler este parágrafo de cor laranja: 10 segundos...

É claro que estas são todas medidas estatísticas, tomadas em sua maioria a partir de sites governamentais oficiais, mas os números se aproximam bastante da realidade.

Para ver estes e outros interessantes números, acesse o Relógio Mundial. 
Agora, se nenhum destes números o apavoraram...

Para não ficar concentrado apenas no texto – e também porque eu sei que vocês adoram um videozinho do YouTubedê uma olhada neste documentário do National Geographic Channel a respeito do assunto: